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Colecionismo: o homem é um colecionador por natureza

  • Por Aline Nunes
  • 12 de abr. de 2017
  • 2 min de leitura

Atualmente Agnelo tem 2 mil gibis em sua coleção (Foto: Carlos Dias)

“Imagino alguns homens da pré-história guardando algumas pedras em seus locais de moradia simplesmente pelo fato de serem pedras diferentes”, comenta Agnelo de Souza Fedel, professor universitário e colecionador de revistas em quadrinhos. Para ele, o homem é um ser curioso, e isso fez e continua fazendo com que o ser humano se aproxime das coisas do mundo e mantenha-as próximas a ele. Agnelo fez o seu mestrado baseado no universo de colecionadores de gibis, publicado em 2007, Os Iconográfilos.

Apesar de não existir uma análise concreta em relação à época exata do surgimento do colecionismo, o hábito de coletar e guardar objetos acompanham o ser humano desde a pré-história. Nessa época, movido por razões que vão além da sobrevivência, o homem acumulava repetidos artefatos.

Há diversos tipos de colecionadores, em geral, existem aqueles que colecionam um objeto específico e outros que colecionam por temas, cujo interesse varia de época para época. O que diferencia o acumulador e o colecionador é o sentido que se busca para a coleção. Segundo Agnelo, o acumulador apenas guarda objetos sem um sentido claro e o colecionador busca um sentido, mesmo que seja particular, para sua coleção, além de buscar mais conhecimento sobre o objeto colecionado.

Atualmente, acontecem vários encontros de colecionadores pelo mundo, que muito além de compartilhar a sua paixão, dividem também a história que aquele objeto carrega. Um dos maiores e importantes colecionadores são os museus, que através de suas coleções se tornam importantes por preservar a memória e o espírito humanos. O museu mais famoso do mundo é o Museu do Louvre, em Paris, que abriga a obra Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, um dos mais famosos objetos de sua coleção.

Todo colecionador tem uma motivação para dar início a uma coleção, seja por prazer, para preservar o passado, ou simplesmente pela procura do objeto. A coleção acaba remetendo ao colecionador certos aspectos de sua história, de suas memórias, agora embutidas em seus pertences. “Acho que certas revistas de minha coleção são carregadas de memórias de parte da história de minha vida”, diz Agnelo.

Hoje o professor possui dois mil exemplares de revistas em quadrinhos. Ele conta que já teve cerca de cinco ou seis mil exemplares, mas por falta de espaço, acabou vendendo. Agnelo começou como um acumulador de revistas em quadrinhos ainda criança e foi na faculdade que passou a entender a importância dos quadrinhos. “Só essa busca por esse conhecimento me aproximou mais ainda de minha coleção. Foi como uma segunda grande paixão”, resume.


 
 
 

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